O transplante de córnea é o transplante mais realizado no mundo e também o de maior taxa de sucesso.
A taxa de sobrevida média de um transplante de córnea no primeiro ano é de aproximadamente 86%.
Este ocorre quando se retira por meio de cirurgia a córnea doente do paciente e é implantada uma córnea doada.
Existem dois tipos de transplante de córnea, o tectônico ou terapêutico quando o paciente necessita de uma outra córnea para “salvar o olho “, digo a estrutura ocular e o problema está na córnea. Geralmente esse tipo de transplante é de caráter de urgência. E o transplante com finalidade óptica, na tentativa de reabilitar a visão do paciente.
A indicação para realização do transplante de córnea consiste em algumas doenças e também está diretamente ligada a baixa de visão causadas exclusivamente por alterações corneanas:
- Ceratocone: Esta doença cursa com alteração da curvatura corneana, baixa a visão e em casos avançados o único tratamento é o transplante de córnea.
- Degeneração marginal pelúcida: Assim como o ceratocone, esta doença também causa alteração na curvatura da córnea.
- Ceratoglobo: Neste caso, há alteração no formato da córnea associado ao seu adelgaçamento.
- Distrofias corneanas: São definidas como alterações bilaterais com caráter genético, progressivas, que normalmente levam à opacidade corneana e baixa da acuidade visual.
- Ceratopatia bolhosa: Descompensação da córnea, com presença de edema e redução da visão, resultante da falência do endotélio corneano (ultima camada da córnea responsável pela transparência desta).
- Infecções corneanas graves, seja por bactéria, fungos ou protozoários.
- Leucomas: Levam à opacidade corneana deixando cicatrizes por diversas causas distintas, como trauma, queimaduras químicas, infecções e distrofias corneanas.
- Perfurações oculares.
A técnica utilizada no transplante vai depender do tipo de doença que o paciente apresentar e também das camadas da córnea acometida, pois sabemos que esta tem seis camadas. No transplante penetrante todas as camadas da córnea são transplantadas. Já no transplante lamelar apenas as camadas doentes serão substituídas. Mas tudo isso tem uma indicação clinica bem formalizada e individualizada para cada doente.
É muito importante a consulta com Oftalmologista da sua confiança.